"When it Rains" a Twilight Story
by Girl in the Mirror
"A dor era superior a qualquer outra coisa mas, ainda assim, havia um espaço na minha mente que conseguia pensar em algo mais. As memórias desvaneciam-se há medida que o ponteiro dos segundos avançava, dando lugar a mais minutos, horas, dias de espera infinita.
“Quem sou eu?” dei por mim a interrogar. E o mais espantoso é que não soube responder-me a mim mesma. Não me lembro de nada. Não sei quem sou e o que estou a fazer. Apenas a dor, a dor é tudo o que sentia naquele momento. A dor era a única coisa que me fazia saber que aquilo era real.
Algo me fez sentir que eu devia saber a razão da dor. Já o soubera antes. Mas a verdade é que, desde o exacto momento em que as presas dele se cravaram na minha garganta, deixei de saber qualquer coisa para além da dor."
(Atenção!:Os direitos de autor de algumas personagens, lugares, base da história e pormenores estão inteiramente reservados e pertencem à fantástica Stephanie
Inclui pormenores integrantes na saga até Amanhecer)
Capítulo 1 – Novo Começo: -Quem…Quem és tu? – Gaguejei aterrorizada, ainda que, na verdade, soubesse a resposta. Como se lesse a minha mente, coisa que eu sabia não ser verdade, ele respondeu:
-Tens a certeza que não sabes? – Acenei com a cabeça, receando que mentir só piorasse às coisas. Ele sorriu maliciosamente face à minha concordância e aproximou-se um pouco mais. Os seus olhos estavam negros, negros como a noite. Ele estava sedento. Ele era baixo, muito baixo, mas mesmo assim, eu era ainda mais pequena.
De trás de mim surgiu uma gargalhada metálica, virei-me abruptamente para me deparar com ela. Fechei os olhos, derrotada, esperando pela investida final. Estava tudo acabado, tinha a certeza. Nem contra um eu sobreviveria, contra dois as minhas hipóteses passavam de nulas para muito mais que isso.
-Tu ou eu? – ouvi-a perguntar.
-Eu faço isso… - respondeu ele com desdém, não dela, mas de mim. Deixei-me cair de joelhos no chão enquanto esperava pela dor da sua mordida. A única coisa que me consolava era saber que seria a única coisa que sentiria. No entanto, a dor não veio tão depressa como eu esperava. Ainda com os olhos fechados, senti os seus dedos gélidos passarem suavemente no meu pescoço. Ele inspirou, absorvendo o aroma do meu sangue. Abri os olhos apavorada, ao senti-lo aproximar-se. Ao fitar os seus olhos negros como a noite tive, por um segundo, a sensação que ele recuava mas, depois, senti a dor do cravar das suas presas.
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A dor era superior a qualquer outra coisa mas, ainda assim, havia um espaço na minha mente que conseguia pensar em algo mais. As memórias desvaneciam-se há medida que o ponteiro dos segundos avançava, dando lugar a mais minutos, horas, dias de espera infinita.
“Quem sou eu?” dei por mim a interrogar. E o mais espantoso é que não soube responder-me a mim mesma. Não me lembro de nada. Não sei quem sou e o que estou a fazer. Apenas a dor, a dor é tudo o que sentia naquele momento. A dor era a única coisa que me fazia saber que aquilo era real.
Algo me fez sentir que eu devia saber a razão da dor. Já o soubera antes. Mas a verdade é que, desde o exacto momento em que as presas dele se cravaram na minha garganta, deixei de saber qualquer coisa para além da dor.
-Matem-me! – um grito estridente soltou-se dos meus lábios em fogo. – Matem-me! Matem-me já! Por favor!
-Shh… - sossegou-me uma voz – Shh…
-Matem-me! – gritei de novo, já em tom de súplica.
-Vai passar, querida, vai passar – murmurou uma voz que me era familiar: era a voz dele. O rapaz cujo veneno me fazia passar por tudo isto. O rapaz que me impusera toda esta dor. E em troca de quê? Porque me estaria ele a fazer isto? Porque não me matava já? Será que se divertia ao ver-me sofrer?
Um aroma irresistível intensificou-se no ar quando ele se moveu desconfortavelmente na cadeira.
-Falta pouco – sussurrou suavemente encostando os seus lábios, agora mornos, no meu ouvido. E, enquanto ele pronunciava estas palavras, o meu coração em chamas parou de bater, deixando a minha garganta com o dobro do fogo.
Abri então os olhos, para observar por fim o meu novo começo.